16 de janeiro de 2024
O sonho da casa própria é um dos maiores objetivos dos brasileiros. De acordo com o Censo QuintoAndar de Moradia, 87% da população almeja adquirir um imóvel e essa estatística se comprova em quase todos os fechamentos de compra. Nos estandes, a frase mais ouvida é: quero sair do aluguel.
Nada mais justo, visto que a casa própria é sinônimo da construção de um lar, de uma família. Dessa maneira, uma vontade que já era grande, tornou-se ainda maior com o aumento dos aluguéis. Afinal, somente no primeiro semestre de 2023 o preço da locação imobiliária cresceu 9,24%, de acordo com o Índice FipeZap.
Em meio a esse cenário, os questionamentos sobre o “comprar versus alugar” ganharam força e a resposta se volta à compra.
O impulso que faltava
Quem mora de aluguel sabe como é lidar com frequentes variações de preços para garantir a moradia. E, quando o valor sobe de forma constante, sem o salário acompanhar o ritmo, a instabilidade toma conta.
A situação impacta a população de menor poder aquisitivo com mais intensidade. A pesquisa do QuintoAndar, citada anteriormente, confirma que as classes sociais menos favorecidas são aquelas que expressam com maior ênfase o desejo de adquirir uma propriedade.
Não é para menos, já que essa é a parcela populacional que mais sente no bolso a elevação do valor dos aluguéis. Em 2022, por exemplo, houve a maior alta das locações residenciais em 11 anos, segundo o Índice FipeZap+.
Aluguel ou financiamento?
A principal dúvida na hora de decidir entre aluguel ou financiamento diz respeito aos benefícios de cada escolha. Nas atuais circunstâncias, o movimento para adquirir o imóvel próprio ganha com facilidade.
Isso porque a opção de financiar é um investimento em um bem de valorização certa ao longo do tempo, levando maior segurança para os moradores. O aluguel, por sua vez, exige as mesmas parcelas, porém não garante nada a quem paga.
Outro ponto interessante a ser analisado é a estabilidade que o imóvel próprio traz. Não são poucos os casos de famílias que precisam se mudar às pressas porque o locatário pede o espaço de volta. Sem falar que, ao investir na própria casa, o morador tem o direito de personalizá-la como desejar, sem a necessidade de autorização de terceiros.
Ainda as prestações do financiamento servem para muita gente como forma de poupar dinheiro, pelo motivo de saberem qual o destino correto de parte das suas finanças mensais.
Oportunidade para as construtoras
O objetivo de toda a construtora é oferecer empreendimentos de qualidade para o maior número de clientes possíveis. Então, com o crescimento do interesse em adquirir um imóvel próprio, abre-se uma janela de oportunidades para as empresas da construção civil.
Inclusive, o acompanhamento do aumento do aluguel deve fazer parte das estratégias de marketing das companhias, a fim de oferecer condições que ajudem os interessados a realizarem o sonho almejado.
O discurso que diz ser melhor alugar do que investir no imóvel próprio não tem mais sustentação, ainda mais quando falamos dessa escolha referente às classes C e D. O imóvel próprio traz valorização, estabilidade e, como ponto principal, a realização de sonhos.
*Por Eduarda Tolentino, sócia e presidente da BRZ Empreendimentos
Opinião de quem entende: saiba tudo o que a ABRAINC diz sobre o
mercado de incorporação!