17 de outubro de 2025
A startup australiana Crest Robotics, em parceria com a Earthbuilt Technology, apresentou o robô Charlotte, projetado para imprimir em 3D uma casa de 200 m² em apenas um dia — operando na velocidade equivalente a cerca de 100 pedreiros.
Imagem: Crest Robotics
O sistema utiliza um material de construção sustentável, desenvolvido pela Earthbuilt, composto por areia, vidro reciclado e tijolos triturados no lugar do concreto.
Esse material é depositado em camadas sucessivas por meio de um processo de extrusão, o que permite que toda a estrutura seja criada em um único fluxo de trabalho, sem necessidade de etapas manuais como montagem de formas ou armações. Através de um sistema automatizado, o robô transforma esses materiais naturais e de origem local em placas impressas em 3D, que são usadas para formar as paredes e a estrutura principal da casa.
Aplicações práticas
Embora ainda esteja em fase experimental, Charlotte já teve um protótipo em escala reduzida exibido ao público.
As empresas responsáveis acreditam que, em alguns anos, a tecnologia poderá ser usada não apenas para combater a escassez de moradias em diversos países, mas também em missões espaciais, como a construção de bases lunares.
Seu design versátil e compacto, inspirado na biologia, foi pensado justamente para facilitar a operação em ambientes desafiadores.
Vantagens e desafios
As casas construídas pelo robô oferecem vantagens adicionais: são mais baratas, erguidas em menos tempo e apresentam maior resistência a enchentes e incêndios.
Além disso, se os ingredientes do material forem obtidos localmente, há potencial de reduzir a pegada de carbono associada ao processo construtivo.
Apesar de ainda limitado a projetos mais simples e não adequado a todos os mercados ou climas, Charlotte desponta como uma alternativa promissora diante da escassez de mão de obra e do déficit habitacional global.
Fonte: Olhar Digital
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