10 de janeiro de 2024
A busca por formas mais sustentáveis de se viver nos grandes centros tem se tornado uma prioridade em todo o mundo. Com o aumento da urbanização e os desafios relacionados à infraestrutura, energia e sustentabilidade, é crucial repensar a forma como construímos e habitamos as cidades. Nesse contexto, as casas do futuro desempenham um papel fundamental, pela sua relação de interdependência com as cidades. Repensar o futuro do habitar, portanto, implica também em repensar a forma de morar!
TECNOLOGIAS INTELIGENTES PARA CASAS EFICIENTES
Na busca por residências sustentáveis, a integração de tecnologias inteligentes desponta como uma das principais características para construções realmente sustentáveis. Ao permitir o controle e monitoramento de sistemas essenciais, como energia, iluminação, segurança e conforto, essas inovações visam não apenas tornar as moradias mais eficientes em termos energéticos, mas também proporcionar uma experiência de comodidade e bem-estar aos seus moradores.
Com a capacidade de gerenciar o consumo de energia de forma precisa e automática, é possível reduzir significativamente os gastos mensais, além de contribuir para a preservação do meio ambiente. Além disso, o controle inteligente da iluminação permite uma adaptação precisa às necessidades de cada ambiente, garantindo o máximo de conforto, acessibilidade e economia.
No quesito segurança, sistemas integrados e inteligentes permitem o monitoramento remoto da residência, oferecendo tranquilidade e agilidade na tomada de providências frente a qualquer ocorrência. Quando combinadas, essas tecnologias podem promover uma verdadeira revolução, criando um ambiente moderno, eficiente e conectado. São por meio de recursos como esse também que o conceito de geroarquitetura se materializa em atendimento à demanda por espaços que favoreçam a longevidade, ou seja, o senior living.
AS CASAS DO FUTURO PRECISAM SER INTEGRADAS ÀS ENERGIAS RENOVÁVEIS
Mas, para contribuir com o futuro do habitar, é fundamental que as construções estejam amplamente alinhadas ao conceito de eficiência e sustentabilidade. Para isso, a tecnologia é uma poderosa aliada. Painéis solares, sistemas de captação de água da chuva e tecnologias de armazenamento de energia são alguns exemplos de como as casas podem se tornar mais auto suficientes em relação ao consumo de recursos naturais.
Dessa forma, será possível reduzir a dependência da energia elétrica convencional, proveniente de fontes não renováveis, e diminuir a emissão de gases de efeito estufa, totalmente em linha à transição global para uma matriz energética mais limpa, que tem como objetivo a descarbonização do Planeta – necessária e urgente para conter o aquecimento global e seus efeitos adversos.
Além dos benefícios ambientais, a adoção dessas soluções também traz vantagens econômicas para os moradores. A redução dos custos de energia elétrica e água torna as residências mais acessíveis para a população, contribuindo para a redução da conta de luz e água no final do mês.
INCLUSÃO SOCIAL E COMUNIDADE CONSCIENTE
Outro aspecto importante para o futuro do habitar é a criação de espaços mais verdes e saudáveis. Jardins verticais, telhados verdes, com as hortas urbanas, e áreas de lazer construídas com materiais sustentáveis são algumas das soluções que podem ser adotadas para aumentar a qualidade de vida dos moradores e promover a biodiversidade urbana.
É importante ressaltar, porém, que todas as soluções só serão consideradas assertivas se forem projetadas levando em consideração a acessibilidade e a inclusão social e estiverem integradas ao planejamento urbano das cidades, incluindo a participação da própria comunidade, como preconiza o placemaking e o urbanismo social.
Estratégias arquitetônicas, como rampas de acesso, elevadores e barras de apoio garantem que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida possam desfrutar plenamente de suas residências. Além disso, a criação de espaços comunitários e a promoção de práticas sustentáveis fortalecem os laços entre os moradores e criam uma comunidade mais engajada e consciente.
Fonte: Habitability
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