18 de fevereiro de 2020
Os indicadores de novembro de 2019 relativos à construção e às vendas de imóveis das grandes incorporadoras do País, reunidas na Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), mostram que os números finais do ano passado tenderão a repetir ou a se aproximar muito dos recordes históricos de 2018. Os dados reforçam as tendências favoráveis do mercado imobiliário já exibidas nas pesquisas sobre a capital paulista realizadas pelo SecoviSP. Entre os dois levantamentos o que se destaca é a amplitude das pesquisas da Abrainc, que abriga dados nacionais fornecidos pelas 20 maiores incorporadoras brasileiras.
Em novembro de 2019, segundo a Abrainc, foram lançadas 11.340 unidades residenciais, 49,6% mais do que em novembro de 2018. Nos primeiros 11 meses de 2019, os lançamentos alcançaram 92.558 unidades, 10,7% mais que o registrado em igual período de 2018. As vendas perfizeram 11.357 unidades em novembro, 0,8% mais do que um ano antes.
Em 12 meses, os lançamentos totalizaram 109.323 e as vendas de imóveis novos, 113.950 unidades. O número de unidades lançadas aumentou 12,3% e o volume comercializado diminuiu 1,7%.
Os números da Abrainc incluem construção e vendas de unidades das faixas 2 e 3 do Programa Minha Casa Minha Vida – cujo ritmo de crescimento tende a ser maior que o dos imóveis destinados às classes média e alta, pois o déficit de habitações concentra-se na baixa renda. São linhas financiadas com recursos do FGTS, operado pela Caixa Econômica Federal (CEF). Outros levantamentos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), em que predominam os bancos privados, não incluem o FGTS, mas também mostram que está em curso uma retomada que se vai espalhando pelo País.
Para que a expansão do mercado imobiliário seja sustentável, tem sido essencial a redução do número de distratos (em que os compradores desistiam da operação). Houve desistência em excesso, o que ajudou a levar à iliquidez grandes companhias do setor. Regras legais recentes têm inibido os distratos, e este tem sido um fator de estímulo aos lançamentos de imóveis. Isto significa dinheiro novo investido na construção, contribuindo para o emprego e a formação de capital, além de movimentar a cadeia produtiva da habitação.
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