Indicador ABRAINC-Fipe aponta crescimento de 42% nos lançamentos de imóveis
Resultados reforçam trajetória positiva no setor e apontam para a recuperação da participação dos empreendimentos de Médio e Alto Padrão entre os lançamentos residenciais
O Indicador ABRAINC-Fipe do último trimestre móvel (novembro, dezembro de 2021 e janeiro de 2022) aponta para a manutenção da tendência de alta nos lançamentos imobiliários. Os dados consolidam a tendência positiva do setor que se manteve firme no primeiro mês do ano puxado, principalmente, pela performance do segmento de Médio e Alto Padrão.
De acordo com pesquisa realizada com 18 empresas associadas à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), os lançamentos de imóveis somaram 57.028 unidades no período, contribuindo, assim, para uma alta de 42% na comparação com o mesmo intervalo do ano anterior. Ao longo dos últimos 12 meses, encerrados em janeiro, a alta é de 30% (160.184 imóveis novos) sobre o período precedente.
Comparativamente, foram comercializadas 33.623 unidades no último trimestre móvel, o que representa uma retração de 7% em relação ao volume transacionado no mesmo período de 2021. Já no acumulado nos últimos 12 meses, as 144.193 unidades comercializadas superaram em 3% as vendas registradas no intervalo anterior. Em paralelo, as vendas líquidas, excluindo-se as unidades distratadas no mesmo período, registraram um recuo de 7,3% no último trimestre móvel, embora ainda exibam crescimento de 4,8% no acumulado dos últimos 12 meses.
LOCOMOTIVA - No último trimestre móvel, os lançamentos de empreendimentos de Médio e Alto Padrão (MAP) tiveram uma expansão de 235,7% (26.493 unidades), contribuindo para um crescimento de 250,5% no volume lançado em 12 meses (67.299 unidades).
Em relação às vendas do segmento, a apuração do período aponta uma elevação de 46% em relação no mesmo período de 2021 (8.788 unidades) e 29.135 unidades comercializadas nos últimos 12 meses (crescimento de 26,8%).
Já os empreendimentos participantes do Programa Casa Verde Amarela (CVA), responsáveis pela maior parte dos lançamentos (57%) e das vendas (79%) residenciais, nos últimos 12 meses, mantiveram sua posição e desempenho destacados no mercado imobiliário. Em termos de unidades lançadas, o segmento registrou alta de 5%, no último trimestre móvel, com 30.529 unidades e queda de 11% nos últimos 12 meses com 92.410 imóveis.
No que diz respeito às comercializações de imóveis novos do CVA, o recuo foi de 18,7% no último trimestre móvel com 24.177 unidades vendidas, colaborando para a variação negativa de -1,2% nos últimos 12 meses com 112.3711 imóveis vendidos.
Para o presidente da ABRAINC, Luiz França, é relevante destacar que o arrefecimento nos números do CVA é fruto da queda na renda dos consumidores dessa faixa imobiliária combinado com o aumento nos custos de insumos da construção civil. Entretanto, com a mudança na curva de subsídios do programa, anunciada em março, espera-se que o programa apresente uma recuperação em seus números a partir do segundo trimestre deste ano.
“A implantação desse novo desconto para composição da entrada no financiamento vai beneficiar diretamente as famílias ao ampliar o acesso ao crédito imobiliário, além de auxiliar na redução do déficit habitacional”, explica o executivo.
Ele também destaca que o segmento MAP registou, nos últimos 12 meses, uma melhora expressiva principalmente nos lançamentos.
“Isso ocorre em parte, pois em 2020 tivemos um ano com menos lançamentos, em função da pandemia e, também, porque, no ano passado, tivemos uma excelente oferta de crédito habitacional. Os imóveis também seguem em tendência de alta o que mostra um bom momento para a compra”, finaliza.