4ºTrimestre 2022

Condições do mercado imobiliário encerram 2022 estáveis e em patamar intermediário

Melhora observada nos indicadores de demanda foi ofuscada por deterioração do crédito e do ambiente macroeconômico 

De acordo com informações atualizadas, o Radar ABRAINC-Fipe apresentou em dezembro de 2022 uma nota média de 4,8 na escala entre 0 (menos favorável) e 10 (mais favorável). A avaliação dos últimos resultados revela que as condições do mercado imobiliário não se alteraram de forma significativa no curto prazo, oscilando em patamar intermediário. Essa conclusão se aplica tanto em relação à pontuação apurada no último mês do trimestre anterior (setembro/2022) quanto no horizonte de 12 meses (dezembro/2021).

Considerando a evolução individual da pontuação das quatro dimensões que compõem o Radar ABRAINC-Fipe ao longo do último trimestre, os avanços positivos foram pautados, sobretudo, pelo comportamento positivo dos indicadores relacionadas à demanda (renda e emprego) e, em menor grau, pela evolução marginal de indicadores relacionados ao ambiente setorial (dada pela valorização real dos preços de imóveis residenciais). No campo negativo, os últimos meses foram marcados pela deterioração de indicadores de crédito (concessões reais) e ambiente macro (atividade e confiança), pelo declínio continuado da atratividade do investimento imobiliário, além de pressões de custo dos insumos.

Adotando-se como referência de análise anual do Radar ABRAINC-Fipe (comparativo entre dezembro de 2021 e dezembro de 2022), os avanços identificados também se circunscreveram à dimensão demanda (renda e emprego) e ambiente macro (sobretudo, nível de atividade). Os destaques negativos nesse horizonte ampliado, abrangeram a piora em indicadores relacionados ao crédito (concessões reais, condições e atratividade do financiamento) e ambiente macro (juros), além da acomodação dos lançamentos.

Em conjunto, a leitura e interpretação dos últimos resultados evidencia o cenário desafiador enfrentado pelos agentes do mercado imobiliário – incorporadoras, construtoras, imobiliárias, entre outros – no ano recém-encerrado: se, por um lado, a recuperação econômica finalmente abrangeu o campo da demanda, via mercado de trabalho, o endurecimento da política monetária de combate à inflação, aliado às incertezas econômicas, políticas e fiscais, inviabilizaram uma melhora nas condições gerais do mercado.

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