Impulsionado por demanda, Radar ABRAINC-Fipe registra melhor nota desde março de 2015
Resultado reflete avanços na maioria das dimensões e indicadores, que compensaram as condições desfavoráveis de crédito e juros
De acordo com informações atualizadas, o Radar ABRAINC-Fipe apresentou em setembro de 2022 uma nota média de 5,5 na escala entre 0 (menos favorável) e 10 (mais favorável). A pontuação representa uma nítida melhora das condições do mercado imobiliário em todos os horizontes temporais analisados, espelhada no incremento de 0,4 ponto em relação ao final do trimestre anterior (junho/2022), na alta de 0,6 ponto em relação ao final de 2021 (dezembro/2021) e no avanço de 0,5 ponto nos últimos 12 meses (setembro/2021). O resultado corresponde à melhor nota do Radar ABRAINC-Fipe desde março de 2015, quando as condições do mercado foram representadas pela pontuação 5,6.
Considerando a evolução individual da pontuação das quatro dimensões que compõem o Radar ao longo do último trimestre, os avanços positivos foram liderados pelos indicadores relacionadas à demanda (recuperação da renda e queda da taxa de desocupação) e, em segundo plano, pelo incremento marginal da pontuação dos indicadores relacionados ao ambiente setorial (elevação real dos preços dos imóveis residenciais) e ambiente macro (aumento da atividade econômica e da confiança dos agentes). Pelo lado negativo, o trimestre foi novamente pontuado pela deterioração dos indicadores de juros e crédito (concessões, condições e atratividade do financiamento).
Em um horizonte mais ampliado, adotando-se para análise os últimos 12 meses (isto é, comparando-se as notas apuradas em setembro de 2021 e setembro de 2022), os avanços se apoiaram na dimensão demanda (também aqui, renda e emprego) e ambiente setorial (com a acomodação das pressões inflacionárias relacionadas aos insumos da construção e apoiadas no bom momento dos lançamentos imobiliários), além da contribuição individual de indicadores macro (nível de atividade e confiança). Em conjunto, esses impactos positivos se sobrepuseram à piora em indicadores relacionados à taxa de juros e oferta de crédito imobiliário - fatores que se consolidaram, desde meados de 2021, como os principais entraves para uma melhora relevante nas condições do mercado imobiliário e, consequentemente, para a ampliação da nota conferida pelo Radar ABRAINC-Fipe. ■