Outubro 2024

Vendas de imóveis novos registram crescimento de 23%, revela indicador ABRAINC-FIPE

Mais de 121 mil unidades foram comercializadas de janeiro a agosto de 2024

As vendas de novos imóveis cresceram 23% no acumulado de janeiro a agosto de 2024, totalizando 121.930 unidades comercializadas, de acordo com o indicador ABRAINC-FIPE. O estudo foi elaborado com dados de 20 empresas do setor pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE)

O Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) apresentou desempenho bastante robusto, com aumento de 28,8% no número de unidades vendidas e 25,3% no valor total das vendas. Os lançamentos do MCMV cresceram 43,9% em volume e 46,6% em valor. Essas altas são reflexo de um programa habitacional estruturado, que visa fortalecer o acesso à moradia para famílias de baixa renda, viabilizando a demanda por habitação popular.

No período, o segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) demonstrou resiliência, com aumento de 4,7% no volume de vendas e expressivo crescimento de 25,9% no valor total vendido, apesar da alta dos juros. Em lançamentos, o segmento MAP também registrou crescimento de 4,2% em volume e 9,1% em valor. Isso mostra que a Intenção de Compra por imóveis segue alta, impulsionando a demanda mesmo em um cenários de juros altos

Segundo Luiz França, presidente da ABRAINC, o setor imobiliário tem enfrentado desafios com as altas recentes da taxa Selic, especialmente para o segmento de média e alta renda. "Novas fontes de funding têm se tornado necessárias para viabilizar o acesso ao financiamento imobiliário, principalmente para a classe média, que tem encontrado desafios com os juros praticados atualmente. Com novas fontes à disposição do comprador, o mercado imobiliário brasileiro continuará a se fortalecer e contribuir de forma significativa para o PIB e para a criação de empregos e renda no país," comenta França.

A relação distrato sobre venda para o MAP fechou em 12,6%, mantendo-se em patamares baixos após a regulação de distratos, aprovada em 2018, quando o índice era de cerca de 40%.

Abaixo mais números do setor:

Acumulado 2024 - janeiro/agosto

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