Valor total de imóveis vendidos em 12 meses encerrados em abril sobe 0,4%, aponta indicador ABRAINC-FIPE
Durante o período, foram vendidas 142.654 unidades habitacionais em todo o país
O mercado imobiliário brasileiro registrou um aumento de 0,4% no valor total de imóveis vendidos nos últimos 12 meses encerrados em abril, de acordo com o indicador ABRAINC-FIPE, desenvolvido pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), com base em dados de 20 empresas do setor. O valor total de vendas referente a pesquisa alcançou R$ 41,5 bilhões.
Durante esse período, já foram vendidas 142.654 unidades habitacionais em todo o país. Destaque para o segmento de Médio e Alto Padrão (MAP), que teve um aumento de 7,1% no valor total vendido na comparação com o período anterior, por outro lado o valor total dos imóveis comercializados no Minha Casa Minha Vida (MCMV) registraram uma queda de 10,5% em relação ao período anterior.
A migração de imóveis do segmento popular para o segmento de MAP pode ser uma das razões para a queda no Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Isso ocorreu devido aos valores defasados do teto do programa, que não acompanharam o aumento dos custos da construção. No entanto, com a divulgação dos novos tetos do MCMV, em que o valor de enquadramento do Faixa 3 foi aumentado para R$ 350 mil, espera-se melhores condições de compra para famílias de baixa renda e a ampliação ao acesso de moradias dignas.
No período em análise, houve uma queda acumulada de 14,8% nos lançamentos de novos empreendimentos. Esta diminuição é um impacto do cenário de juros altos impostos pelo Banco Central, que mantém a taxa Selic em 13,75%.
O cenário de juros altos tem se mostrado um grande obstáculo para o desenvolvimento econômico e a geração de empregos no Brasil e prejudica os financiamentos imobiliários, conforme indicado por uma pesquisa conduzida pela BRAIN Consultoria Estratégica, na qual 76% dos entrevistados consideraram inviável adquirir um imóvel com as condições de financiamento atuais.
Na avaliação do presidente da ABRAINC, Luiz França, o mercado imobiliário enfrenta, em 2023, um momento desafiador que vai além das vendas. Ele destaca que a redução nos lançamentos reflete a preocupação do setor em equilibrar a oferta e a demanda, levando em consideração as condições econômicas e lembra que as perspectivas do mercado imobiliário dependem de uma combinação de fatores econômicos e medidas adequadas para estimular o setor e recuperar o crescimento, incluindo uma redução imediata da taxa Selic.
“Precisamos de medidas para impulsionar o mercado imobiliário brasileiro, tornando os imóveis mais acessíveis aos compradores e incentivando a construção civil. A redução das taxas de juros e o aumento da porcentual poupança aplicada em crédito imobiliário, passando de 65% para 70%, são duas medidas que precisam ser aplicadas urgentemente”, finaliza o executivo.
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