Setembro 2020

Vendas da incorporação crescem 58% em julho e acumulam alta de 25,5% nos últimos três meses

Desempenho positivo no último mês foi observado tanto no segmento Minha Casa Minha Vida (+62,4%) quanto entre empreendimentos de Médio e Alto Padrão (+34,8%)

De acordo com informações fornecidas por empresas associadas à Abrainc, os lançamentos de imóveis somaram 4.561 unidades em julho de 2020 (alta de 38,2% em relação a julho de 2019), colaborando para um total de 18.841 imóveis lançados no trimestre móvel encerrado em julho – resultado que representa uma queda de 32,1% em relação ao mesmo período de 2020. No horizonte dos últimos 12 meses, o número de unidades lançadas totalizou 103.802, indicando a manutenção do patamar observado nos 12 meses precedentes.

Em relação às vendas do setor, no último mês disponível, foram comercializadas 13.023 unidades pelas incorporadoras (alta de 58,0% em relação a julho de 2019), resultado que corresponde ao maior volume mensal vendido pela incorporação desde maio de 2014. Além disso, no trimestre móvel encerrado em julho, as vendas totalizaram 35.814 unidades, impondo uma alta de 25,5% em relação ao mesmo recorte temporal de 2019. Finalmente, no acumulado em 12 meses, as 125.380 unidades comercializadas pela incorporação equivaleram a um avanço de 9,0% em relação ao volume vendido nos 12 meses anteriores. Acompanhando o desempenho excepcional das vendas nos últimos meses, vale notar que as vendas líquidas**, calculadas com base no volume de vendas e distratos, cresceram 56,2% em julho, 21,2% no último trimestre móvel e 12.1% nos últimos 12 meses.

Além do desempenho de lançamentos e vendas, outros indicadores relevantes do período envolveram o recuo de 15,8% no número de unidades entregues, a elevação da relação distratos-vendas em 2,9 ponto percentual e o aumento de 6,5% da oferta de unidades disponíveis para venda. Tais resultados, vale ressaltar, devem ser interpretados à luz dos eventos relacionados à pandemia, marcada, em um primeiro momento, pelo avanço da pandemia da Covid-19, pela imposição de medidas de distanciamentos social e de regras restritivas sobre atividades consideradas não essenciais; e, em um segundo momento, pelo relaxamento progressivo das restrições e reabertura das economias locais, aliada à expansão do crédito.

Como já relatado em informes anteriores, os impactos negativos da pandemia se impuseram de forma distinta tanto entre diferentes atividades relacionadas ao mercado imobiliário (a exemplo da interrupção de ações relacionadas aos novos lançamentos, como montagem de stands de vendas, face à manutenção das obras de empreendimentos em fase de construção) quanto entre praças/regiões geográficas (regras mais rígidas nas capitais e grandes centros urbanos e capitais e menos restritivas no interior e em cidades de menor porte). Essa heterogeneidade explica não só o contraste entre os resultados entre lançamentos e vendas, mas também o desempenho diferencial entre os segmentos de Médio e Alto Padrão (MAP) e Minha Casa Minha Vida (MCMV): enquanto o primeiro registrou queda de 60,3% nos lançamentos e de 9,0% nas vendas durante o último trimestre móvel (em comparação ao mesmo período de 2019), o segundo apresentou queda menos expressiva nos lançamentos (-24,6%) e um aumento de 39,0% nas vendas no acumulado entre maio e julho de 2020. Finalmente, vale notar que, a despeito da liderança de empreendimentos relacionados ao segmento MCMV no último mês, com alta de 47,0% nos lançamentos e 62,4% em vendas, os empreendimentos de médio e alto padrão também apresentaram desempenho positivo nessas variáveis, com alta de 7,3% no volume de unidades lançadas e de 34,8% nas vendas.

Nota: (*) as informações do Programa Minha Casa Minha Vida contemplam apenas empreendimentos da Faixa 2 e Faixa 3. (**) As vendas líquidas correspondem ao volume de vendas excluindo-se as unidades distratadas no mesmo período.

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