Com cenário adverso, condições de mercado imobiliário se deterioram no segundo trimestre Lenta retomada de indicadores de demanda ainda restringe o desenvolvimento de um ambiente mais favorável ao setor De acordo com informações atualizadas do Radar Abrainc-Fipe, as condições gerais do mercado imobiliário se deterioram no segundo trimestre de 2018, encerrando o período com nota média de 4,3 na escala entre 0 (menos favorável) a 10 (mais favorável). Pesaram no comportamento da nota média geral do Radar os recuos observados em indicadores do ambiente macroeconômico e demanda, influenciados, em alguma medida, por eventos de natureza conjuntural (como a paralização dos caminhoneiros), que afetaram a atividade econômica e a confiança dos agentes no período. Vale ressaltar que o resultado do último trimestre, expresso pelo recuo da nota média geral em 0,2 ponto no comparativo com encerramento do trimestre anterior (março/2017) e por queda similar de 0,2 no balanço parcial de 2018 (dezembro/2017), ainda representa um avanço de 0,5 ponto nos últimos 12 meses (junho/2017). Com respeito a esse horizonte mais amplo, é possível evidenciar sinais de recuperação em quase todas as dimensões monitoradas pelo Radar Abrainc-Fipe, incluindo indicadores de ambiente macroeconômico (via aumento da confiança e do nível de atividade), crédito imobiliário (via queda da taxa de juros) e ambiente setorial (via aumento do número de lançamentos pelo segmento de incorporação). A exceção a esse quadro mais favorável fica por conta da lenta recuperação dos indicadores de demanda, em particular, dos níveis de emprego e de renda da população brasileira.