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31 de março de 2023

Por que incluir a precificação interna de carbono na sua estratégia de negócios?

A precificação interna de carbono é uma ferramenta que pode ajudar organizações a incorporar o impacto financeiro das mudanças climáticas em sua tomada de decisão e, ao mesmo tempo, incentivar a redução de suas emissões. Neste artigo, serão abordados os benefícios, desafios e como as organizações podem incorporar o preço interno de carbono em sua estratégia de negócios. 

O que é precificação de carbono e por que isso é importante?  

O prazo de resposta ao Carbon Disclosure Project (CDP) está chegando, começando agora em abril, e muitas empresas devem estar refletindo sobre o que responderão na seção de precificação de carbono. Atender às demandas do CDP ajuda as empresas a serem bem avaliadas por investidores e, potencialmente, integrarem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3. A precificação vai além da pontuação do CDP e é uma importante métrica para direcionamento de gestão e estratégia de gases de efeito estufa (GEE) para organizações. 

O preço do carbono é uma métrica financeira que permite a quantificação do valor da redução ou remoção de 1 tCO2e. Essa monetização permite a criação e operacionalização de vários mecanismos financeiros fundamentais para o atingimento de uma economia de baixo carbono. Segundo o Banco Mundial, atualmente existem 70 sistemas de precificação de carbono no mundo, incluindo tributos sobre o carbono, sistemas de permissões e a comercialização de créditos de carbono em ambiente de bolsa.  

O tributo sobre o carbono é um mecanismo em que o governo arrecada uma taxa por tonelada de CO2e emitida, como anunciado pela União Europeia para setores da mineração e siderurgia, por exemplo. O sistema de permissões (cap and trade) ocorre através do estabelecimento de um limite máximo de emissões para diferentes setores, como o Sistema de Comércio de Emissões da União Europeia (EU-ETS), em que setores que ultrapassam o limite estabelecido precisam comprar mais licenças de emissão e aqueles que conseguem se manter abaixo do teto podem comercializar suas licenças. 

A comercialização de créditos de carbono em ambiente de bolsa ou over the counter (mercado de balcão que caracteriza a relação de compra e venda entre duas partes), por fim, acontece através da venda de créditos gerados pela implementação de tecnologias comprovadamente capazes de reduzir ou remover GEE da atmosfera, sendo um processo regulado por padrões internacionais.

O preço do carbono pode ter impactos significativos em diversos setores, tornando-se uma oportunidade ou um risco. Em 2021, o preço médio do crédito de carbono de projetos de reflorestamento foi de 58,1 dólares (R$290,5). Em 2021 e 2022, o preço do carbono no EU-ETS atingiu média de 57,22 e 87,19 dólares por tonelada de carbono, respectivamente, sendo um ponto importante para organizações, que podem ter custos de produção e rentabilidade afetados por esse valor caso não consigam diminuir suas emissões. Nesse contexto, empresas podem utilizar a precificação interna de carbono como ferramenta para incorporar o impacto financeiro das emissões de GEE em sua tomada de decisão e potencializar a implementação de projetos e produtos menos carbono intensivos.  

A precificação interna de carbono proporciona uma identificação mais precisa dos custos associados às diversas opções de redução de emissões da empresa (em R$/tCO2), de seus investimentos, operações e toda a cadeia de valor. Essa identificação facilita a comparação e priorização de possíveis ações de mitigação, através de análises custo-benefício, por exemplo. 

Quais são os principais benefícios da adoção de um preço interno de carbono? 

Adotar um preço interno de carbono traz diversos benefícios para uma organização, como: 

  • Garantir preparação para um cenário de precificação mandatória, seja por meio de um ETS (emissions trading system) ou tributo sobre o carbono;
  • Obter destaque em índices de sustentabilidade e ESG, como o CDP, que considera a precificação como um de seus indicadores e é também utilizado como parte de outros índices, como o ISE da B3;
  • Desenvolver vantagem competitiva em uma economia de baixo carbono;
  • Priorizar projetos e produtos mais sustentáveis, utilizando o preço estabelecido para análises financeiras;
  • Internalizar o valor das emissões, permitindo comparar práticas padrão com ações carbono eficientes, possibilitando a criação de um fundo que viabilize a descarbonização das empresas e atingimento de metas. 

Quais os principais desafios em adotar um preço interno de carbono? 

A precificação de carbono é uma poderosa ferramenta para empresas que desejam atender a metas climáticas. No entanto, a implementação dessa medida pode apresentar desafios. Entre os principais desafios em adotar um preço interno de carbono, destacam-se: 

  • Definir o preço de forma adequada, estabelecendo um valor alto o suficiente para incentivar as empresas a adotarem medidas de redução de emissões, mas não tão alto a ponto de prejudicar a competitividade da organização; 
  • Definir o escopo de emissões considerado, uma vez que tanto mercados regulados como empresas que aplicam o preço internamente muitas vezes não cobrem todos os setores, unidades e produtos, o que é insuficiente para mobilizar a transição de baixo carbono; 
  • Enfrentar resistência interna para implementar a precificação ou influenciar a cadeia de valor; 
  • Incorporar o preço definido à estratégia de negócios da empresa, indo além da definição de um preço interno e do cumprimento do indicador do CDP. 

Mas como, de fato, incorporar o preço interno de carbono na sua estratégia de negócios? 

O primeiro passo para estabelecer um preço de carbono é definir o(s) objetivo(s) para precificação do carbono dentro da organização. Alguns objetivos considerados podem ser: auxiliar na avaliação de riscos e oportunidades associados a um cenário de precificação mandatória, subsidiar estratégias de mitigação de emissões ou auxiliar na identificação e mensuração de externalidades socioambientais. É importante que esses objetivos estejam atrelados aos objetivos estratégicos da organização, sendo um instrumento para o atingimento de uma meta organizacional, como uma meta Net Zero, por exemplo. 

Uma vez que os objetivos foram definidos, é preciso escolher uma abordagem e método de precificação alinhados aos objetivos. Existem diferentes abordagens, como o preço sombra, preço implícito ou taxa interna de carbono, que podem ser utilizados dependendo das características da organização e dos objetivos estabelecidos. 

Caso a empresa opte por um preço sombra (preço teórico de carbono), por exemplo, ela pode utilizar esse valor para priorizar projetos e realizar análises de custo-benefício, visando fazer escolhas estratégicas considerando o impacto e custo de suas emissões de GEE. Por sua vez, se a empresa optar por criar uma taxa interna de carbono, ela conseguirá incentivar a redução de emissões internamente e arrecadar um fundo financeiro através das emissões não evitadas, que pode ser utilizado em projetos de mitigação e redução de emissão. A curva de custo marginal de abatimento é uma ferramenta que precifica por tipo de projeto e tecnologia o custo ou retorno para redução de 1 tCO2 e permite ao tomador de decisão priorizar os tipos de projeto de acordo com sua custo-efetividade. 

Comunicar a estratégia tanto internamente como externamente é uma etapa importante para garantir que os funcionários, investidores e outras partes interessadas compreendam e se engajem na redução das emissões de gases de efeito estufa. A comunicação transparente e clara da estratégia é fundamental para o sucesso da implementação do preço interno de carbono. 

Em quais contextos a precificação pode ser utilizada? 

A precificação de carbono é uma ferramenta importante que pode ser aplicada tanto no setor público quanto no privado, com o potencial de subsidiar ações necessárias para uma economia de baixo carbono. De acordo com Bráulio Borges, economista e professor da FGV, se o Brasil considerasse o custo social do carbono em suas políticas e decisões, seria financeiramente vantajoso preservar e reflorestar a Amazônia. A preservação das florestas brasileiras pode gerar um ganho de R$ 1,2 trilhão para a economia mundial e o Brasil pode monetizar parte desse valor através de créditos de carbono.  

No mercado atual, a precificação de carbono pode possibilitar royalties de preservação. O Climate Policy Initiative estima que, caso sejam pagos $20 por tonelada de CO2 para preservar e regenerar a floresta, a preservação se torna financeiramente mais atraente do que o desmatamento e a exploração em atividades como a agropecuária. 

No setor privado, a Braskem é um exemplo de como a precificação interna de carbono pode ser usada para desenvolver uma estratégia de descarbonização a longo prazo. Com a ajuda da WayCarbon, a empresa conduziu um estudo abrangente para identificar os riscos regulatórios e atualizar seus cenários de descarbonização, visando embasar sua estratégia global de precificação interna de carbono. A precificação interna é vista pela Braskem como uma maneira custo-efetiva de estimular projetos que permitam a redução de emissões e preparar a empresa para possíveis riscos de precificação mandatória em regiões onde a organização atua. 

Em entrevista à The Economist Intelligence Unit, o vice-presidente de análise de políticas estratégicas da American Electric Power, Bruce Braine, enfatizou o compromisso da empresa em reduzir suas emissões de carbono desde 2000. Ele explicou como a empresa implementou um sistema interno de cap and trade, com um limite autoimposto para as emissões de CO2 e o uso da precificação interna de carbono. Essas medidas resultaram em uma queda de 31% nas emissões da American Eletric Power entre 2000 e 2014 e a empresa espera continuar a reduzir suas emissões no futuro, com a precificação interna de carbono desempenhando um papel fundamental em sua estratégia. 

Fonte: WayCarbon

Confira dashboard sobre precificação de carbono elaborado pelo Observatório de BioEconomia da FGV

Tags:

GEE,

Sustentabilidade,

Precificação carbono,

WayCarbon,

CO2

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