8 de setembro de 2022
Energia solar, veículos elétricos, alimentos “plant-based”… A economia carbono zero está sendo formada aos poucos, iniciativa a iniciativa. País a país. O objetivo é atingir a meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e assinada por países e empresas pelo mundo: chegar ao carbono zero até 2050 e reduzi-lo pela metade até 2030. Mas como mensurar o impacto dessas ações tão diferentes e em locais tão distintos, para se ter essa visão macro e saber a quantas anda o alcance do objetivo comum? Como não é possível entender o que não se pode medir, o norte-americano Ryan Panchadsaram resolveu criar uma forma de analisar as informações em um único só lugar. Panchadsaram foi vice-diretor de tecnologia do governo Obama e é presidente da Kleiner Perkins, companhia de Venture Capital. O
funciona quase como um relógio para entender a quantas andam os setores e os segmentos que são responsáveis pela descarbonização da economia.
Velozes & curiosos, rumo ao carbono zero
A plataforma criada por Panchadsaram se chama Speed & Scale, e o nome vem do livro que Ryan e John Doerr escreveram exatamente sobre quais são as metas que o mundo precisa atingir para chegar ao carbono zero. Doerr é o criador da metodologia dos Objective Key Results (OKR), usada por companhias como Google, para acompanhar e medir o desempenho. A ferramenta foi projetada para orientar líderes empresariais e políticos e mostra quais setores estão mais avançados na descarbonização, afirmou Panchadsaram. De acordo com o executivo, o rastreador quer incentivar “ações mais direcionadas”. “Costumamos dizer que é como atacar um gigante. Trata-se de apoiar-se no poder coletivo, nem sempre apenas nas atitudes individuais”, disse Ryan em entrevista à Fast Company.
Enxergar e medir são fundamentais para redução efetiva das emissões
“A ideia era ajudar as pessoas a enxergar de onde podem vir as maiores fontes de emissões e quais atitudes elas realmente têm a obrigação de mudar”, disse o executivo. Indicadores como venda de veículos elétricos, a eletrificação do transporte público e o quanto de dinheiro é investido em fundos ESG ou em startups “verdes” são mostrados. Além disso, a plataforma ainda indica qual é o progresso de cada um desses medidores, como se fosse um OKR do Carbono Zero. “Em vez de o medo de um desastre climático nos paralisar, ele deveria nos galvanizar. Na verdade, somos capazes de agir e podemos começar hoje. É isso que vamos fazer”, finaliza o executivo.
Fonte: Habitability
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