19 de setembro de 2024
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou nesta quarta-feira (18/09) a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,75%. Foi o primeiro aumento de juros desde agosto de 2022. A decisão foi unânime.
No comunicado, o Copom diz que o ambiente externo permanece desafiador, em função do momento de inflexão do ciclo econômico nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed.
Em relação ao cenário doméstico, o colegiado avalia que o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo maior do que o esperado, e que a inflação medida pelo IPCA cheio está acima da meta nas divulgações mais recentes.
A expectativa do mercado é de que a taxa continue subindo até atingir 11,50% ao ano em janeiro.
Em nota divulgada à imprensa, a ABRAINC avalia que a decisão reflete a necessidade de manter a estabilidade macroeconômica e criar condições para uma trajetória sustentável de juros mais baixos no futuro, essenciais para a previsibilidade dos negócios e a confiança no ambiente econômico.
No entanto, o aumento da Selic tem um efeito negativo sobre os tomadores de crédito em todos os setores da economia, encarecendo os empréstimos e financiamentos. Isso reduz o acesso ao crédito, inibe o consumo e desacelera o crescimento de empresas que dependem de investimentos financiados. As famílias, por sua vez, enfrentam maiores dificuldades para adquirir bens duráveis e para garantir o acesso à moradia, já que o crédito mais caro compromete o orçamento familiar e a capacidade de endividamento, prossegue a nota da ABRAINC.
Redação ABRAINC
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