25 de março de 2024
Com experiência de 25 anos na Habiarte, incorporadora com mais de 50 empreendimentos lançados e 3.500 unidades entregues no mercado de Ribeirão Preto (SP) e região, a diretora de Projetos da empresa, Teresa Cristina, é a quarta entrevistada da campanha Mulheres à Obra 2024.
Ela conta nesse bate-papo exclusivo com a ABRAINC que o mercado, hoje, está muito mais maduro do que quando iniciou sua trajetória. “Tive colegas que sofreram muito para se posicionar, ainda mais em Campo Grande (MS), onde comecei minha vida profissional, mas ainda temos situações em que a mulher tem que escolher entre carreira e família”.
Teresa Cristina diz que não enfrentou muitas barreiras por ser mulher no setor. “Tive a sorte de trabalhar em empresas modernas”. Ela elogiou a iniciativa da ABRAINC e destacou que há muitos exemplos de mulheres com sucesso no setor, “que são espelho para as novas ingressantes”.
A diretora de Projetos da Habiarte diz não sentir falta de índices que demonstrem melhor a realidade da mulher na construção civil. “Hoje com o acesso a múltiplas informações, todos os dados estão na mão, o que falta é saber usá-los a nosso favor.”
Confira a íntegra da entrevista abaixo:
Como você decidiu seguir carreira na construção civil? Houve alguma inspiração em particular?
Foi um incentivo de um professor, aliado a uma oportunidade de estágio na Encol, eu estava no 3º ano de arquitetura. A escolha pela arquitetura veio do meu pai, que sempre quis ser um "engenheiro arquiteto", acho que desde o berço ele me incentivou (risos).
Quais foram os maiores desafios que você enfrentou ao entrar neste setor?
Na verdade, entrei em uma área mais ligada ao curso de edificações que fiz no ensino médio, a primeira área que atuei foi orçamento e planejamento, então meu maior desafio foi migrar para a área de projeto. Não tive muitas barreiras por ser mulher, tive a sorte de trabalhar em empresas modernas.
Como mulher, qual é sua visão do mercado de trabalho da construção?
Hoje o mercado está muito mais maduro do que quando comecei, tive colegas que sofreram muito para se posicionar, ainda mais em Campo Grande (MS), onde comecei minha vida profissional, mas ainda temos situações em que a mulher tem que escolher entre carreira e família.
Quais são as principais mudanças que você gostaria de ver acontecer no setor para promover a igualdade de gênero?
Acho um pouco utópico pensar em igualdade de gênero, porque uma mulher que vira mãe, precisa de algumas exceções sendo abertas, que sempre pesará mais na balança. Acredito que o ideal seria as pessoas enxergarem as diferenças de forma a não virar punição.
Quais são os momentos mais gratificantes que você teve em sua carreira na construção civil?
São muitos momentos, ver um projeto em pé, sendo entregue a novas famílias, ou formar novos profissionais na minha área e vê-los tendo sucesso profissional, assim como eu tive.
Quais são os conselhos que você daria para outras mulheres que estão iniciando sua jornada no mercado de trabalho, especialmente na construção civil?
Saber exatamente o que quer da sua carreira, não buscar ser como um homem de sucesso e sim ser uma profissional de sucesso.
Como você vê o papel das iniciativas e campanhas como "Mulheres à Obra", da ABRAINC, no apoio e empoderamento das mulheres neste setor?
Acho muito bacana, dentro da ABRAINC temos muitos exemplos de mulheres com sucesso, que são espelho para as novas ingressantes.
Você sente falta de alguma informação/índices que demonstrem melhor a realidade da mulher na construção civil? Se sim, qual?
Na verdade, não, hoje com o acesso a múltiplas informações, todos os dados estão na mão, o que falta é saber usá-los a nosso favor.
Sua empresa possui algum programa de incentivo a contratação de mulheres para promoção da equidade de gênero?
Como disse, trabalho em uma empresa moderna, não sinto falta de incentivos, é uma coisa muito natural no DNA da empresa.
Redação ABRAINC
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