8 de março de 2023
“Construção civil é construir pontes, unir pessoas, criar lares para famílias. E por que não ser um espaço para mulheres? Se tudo isso é para mim, é para todas”, afirma Andréa Coelho de Oliveira, diretora Executiva da Marquise Incorporações
A ABRAINC lança neste 8 de março de 2023, Dia Internacional da Mulher, a 2ª edição da campanha #MulheresÀObra, uma homenagem da entidade às mulheres da construção civil, que tem como intuito realçar que, a cada dia, elas ganham destaque, quebram paradigmas e mostram a toda a sociedade a sua força dentro de um setor que ainda é visto por muitos como masculino.
A personagem que abre a campanha é Andréa Coelho de Oliveira, engenheira civil e diretora Executiva da Marquise Incorporações.
Ela conta que se “apaixonou” pelo setor durante um estágio que fez no canteiro de obras do aeroporto de Fortaleza. “Entrei como estagiária e sai como coordenadora de projetos. Apaixonei-me pelo dia a dia da obra e assim continuei em projetos de infraestrutura, passando por adutora, canais, estradas, construção de indústria. Minha carreira no Grupo Marquise já tem 19 anos. Comecei como engenheira de projetos e hoje ocupo o cargo de diretora executiva”.
Sobre o crescimento da participação feminina no setor, tema central da campanha, Andréa explica que a realidade na Marquise Incorporações é animadora: mais de 60% das lideranças da empresa já são femininas.
A diretora Executiva da Marquise Incorporações também falou sobre ações afirmativas para a promoção da equidade de gênero que são realizadas pela empresa. “Temos ações internas e externas. Posso destacar, por exemplo, o Capacete Rosa, uma premiação voltada às mulheres com bom desempenho nas obras; o Mulheres no Ecoponto, que promove vagas para mulheres nos setores operacionais, com o intuito de promover diversidade e inclusão em ambientes predominantemente masculino; atuamos com o Viveiro Comunitário, projeto que proporciona inclusão social, geração de emprego e renda para mulheres da comunidade do entorno do aterro sanitário; parceria com o projeto Sou Mãe, da comunidade Rosalina. Doamos cestas básicas, gás de cozinha e leite todos os meses”.
Para Andréa, o mais interessante do setor de construção é a oportunidade de transformação, de contribuir para a evolução da sociedade de forma planejada, sustentável e racional. “Sou completamente apaixonada pelo mercado da construção civil. Foi aqui que eu me encontrei e me realizei profissionalmente. Construção civil é construir pontes, unir pessoas, criar habitações e lares para famílias. E por que não ser um espaço para mulheres? Se tudo isso é para mim, é para todas”, diz.
Confira abaixo a íntegra do bate-papo da ABRAINC com Andréa Coelho de Oliveira, diretora Executiva da Marquise Incorporações:
Conte-nos um pouco sobre a sua trajetória e como surgiu o interesse em atuar no setor da construção civil/incorporação imobiliária?
Andréa Coelho: Sou formada em Engenharia Civil e comecei minha trajetória no canteiro de obras do aeroporto de Fortaleza: entrei como estagiária e sai como coordenadora de projetos. Apaixonei-me pelo dia a dia da obra e assim continuei em projetos de infraestrutura, passando por adutora, canais, estradas, construção de indústria. Minha carreira no Grupo Marquise já tem 19 anos. Comecei como engenheira de projetos e hoje ocupo o cargo de diretora executiva da Marquise Incorporações.
Apesar do crescimento da presença feminina no setor, os homens ainda são grande maioria na construção civil. Quais os maiores desafios que as mulheres ainda enfrentam?
Andréa Coelho: Os maiores desafios são ser reconhecida e conquistar voz diante de um mercado que, muitas vezes, é visto como “masculino”. Fico feliz em ser um exemplo do que a empresa acredita. Especificamente na Marquise Incorporações, temos mais de 60% das lideranças femininas.
Quais ações afirmativas para a promoção da equidade de gênero nas diferentes áreas de atuação da empresa têm sido promovidas? Poderia nos citar alguns exemplos?
Andréa Coelho: Temos ações internas e externas. Posso destacar, por exemplo, o Capacete Rosa, uma premiação voltada às mulheres com bom desempenho nas obras.
Outra iniciativa é o Mulheres no Ecoponto, que promove vagas para mulheres nos setores operacionais, com o intuito de promover diversidade e inclusão em ambientes predominantemente masculinos.
Em outra frente, atuamos com o Viveiro Comunitário, projeto que proporciona inclusão social, geração de emprego e renda para mulheres da comunidade do entorno do aterro sanitário, promovendo o estreitamento de laços entre empreendimento e população e trabalhando o desenvolvimento de potencialidades.
O grupo produz e vende mudas de mais de 20 espécies. O Grupo Marquise oferece apoio financeiro, por meio da doação de mudas, insumos, instrumentos de trabalho, espaço e manutenção, além de adquirir grandes quantidades de mudas.
Nossas ações englobam também a parceria com o projeto Sou Mãe, da comunidade Rosalina. Lá, trabalhamos com as famílias de mães de crianças de 0 a 4 anos, que necessitam do leite para manter a saúde das crianças e delas próprias, e que estão em situação de vulnerabilidade social. Doamos cestas básicas, gás de cozinha e leite todos os meses.
Além disso, o Grupo Marquise adquire ecobags produzidas por mulheres, em parceria com a associação IPOM. As bolsas foram doadas como brindes do Dia da Mulher para nossas colaboradoras. Com essa ação, apoiamos o empreendedorismo feminino e demos significado social aos brindes.
Qual mensagem você pode passar para as mulheres que têm interesse em ingressar no setor da construção civil?
Andréa Coelho: Sou completamente apaixonada pelo mercado da construção civil. Foi nesse mercado que eu me encontrei e me realizei profissionalmente.
O mais interessante nessa área é a oportunidade de transformação, de contribuir para a evolução da sociedade de forma planejada, sustentável e racional. O nosso papel é pautado pelo olhar para o futuro, para imaginar como será a sociedade daqui a cinco, dez, 15, 20 ou até 30 anos, e nos antecipar. Essa busca incessante por mudança é o que me incentiva diariamente.
Lembro-me da época que era estagiária, ainda na obra do aeroporto. Eu subia na laje e, ao olhar a obra, vinha o sentimento de orgulho por transformar o nosso meio através de muito trabalho, principalmente em equipe.
Construção civil é construir pontes, unir pessoas, criar habitações e lares para famílias. E por que não ser um espaço para mulheres? Se tudo isso é para mim, é para todas.
Aumentar a participação das mulheres no mercado de trabalho e nos espaços políticos é uma meta global para garantir a equidade de gênero e um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Quais ações em relação à agenda ESG já estão em andamento na empresa?
Andréa Coelho: Estamos em processo de eleição dos ODS’s prioritários do grupo, e o ODS 5 é um dos priorizados. Temos um quantitativo relevante de mulheres em cargos de liderança, chegando a 60% na sede e 40% quando falamos do conjunto de lideranças em todas as unidades de negócio do Grupo Marquise. Incentivamos nossas mulheres a chegar a cargos de lideranças por meio de treinamentos e da valorização das colaboradoras em seus espaços de trabalho.
Para isso, realizamos, de forma sazonal, treinamentos exclusivos para mulheres na plataforma de aprendizagem corporativa e executamos, todos os anos, voltadas a saúde da mulher. Também fomentamos a melhoria da qualidade de vida de nossas colaboradoras por meio da prática de atividades físicas e de bem-estar, como aulas de fit dance e massoterapia.
Ainda fazemos um acompanhamento de licença maternidade, com a entrega do kit nascimento. No retorno da licença, o gestor e tutor da área é orientado a fazer a recepção e acolher as mulheres nessa volta. Cabe ressaltar que temos excelentes números de retenção de mulheres pós-licença maternidade.
Redação ABRAINC
Fique por dentro de tudo o que rola no setor!