25 de agosto de 2021
A ABRAINC e a Brain Inteligência Estratégica realizaram o webinar ‘Perspectivas da Incorporação Imobiliária no Rio de Janeiro', na manhã desta quarta-feira (25). O evento reuniu incorporadoras que atuam na região fluminense e foi assistido por 800 pessoas, com picos de 200 espectadores simultaneamente.
Participaram do encontro Luiz França, presidente da ABRAINC, Fábio Tadeu Araujo, sócio-diretor da Brain Inteligência Estratégica, Renato Lomonaco, Diretor de Assuntos Econômicos da ABRAINC, Marcelo Gonçalves, Sócio-consultor da Brain Inteligência Estratégica, Alexandre Boffoni, Diretor Regional RJ da Construtora Tenda, Gabriel Fidalgo, Diretor Comercial da Patrimar Engenharia, Leonardo Mesquita, Diretor Vice-presidente Comercial da Cury Construtora, Ramon Teixeira, Diretor de Desenvolvimento Imobiliário RJ da MRV Engenharia, Ivan Bettencourt, Superintendente da Direcional Engenharia no Rio de Janeiro, e Carlos Felipe Carvalho, Diretor Executivo de Operações da Carvalho Hosken.
Os convidados dialogaram sobre o mercado da incorporação na cidade e regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, as vendas em unidades e VGV, dentro do comparativo dos últimos doze meses, bem como, a mudança do comportamento do consumidor por conta da pandemia e a previsão de lançamentos para os próximos meses. Também foi abordado o Plano Diretor para a cidade e a necessidade de redesenhar a distribuição de empreendimentos pelas regiões, visto o déficit habitacional e a demanda existente.
O webinar faz parte da agenda de eventos da ABRAINC com ênfase nas perspectivas regionais das associadas e tem abordado temas como déficit habitacional, desenvolvimento do mercado da construção e imobiliário, comportamento do consumidor e novas tendências.
Perspectivas e números
Luiz França, presidente da ABRAINC, comentou dados sobre a queda de lançamentos dentro do mercado Casa Verde e Amarela no Rio, que sentiu mais os impactos da alta dos insumos da construção por ter uma margem menor para correção dos preços, mas ressaltou que o programa deve ser atualizado, com ampliação do valor de teto das unidades e redução dos juros para o Grupo 3. “Fizemos uma grande reunião ontem com nossas associadas, o ministro Rogério Marinho (MDR) e o secretário de Habitação, Alfredo dos Santos, e estamos muito confiantes com o futuro do programa Casa Verde e Amarela, que é fundamental para redução do déficit habitacional e geração de emprego e renda”.
Fábio Araújo, sócio-diretor da Brain, apresentou um estudo sobre os lançamentos e vendas de imóveis no Rio de Janeiro nos últimos 4 semestres, que apontou aumento de 48% de empreendimentos lançados, 18% no número de unidades lançadas e 76% de VGV lançado em milhões entre o primeiro semestre de 2020 em comparação ao primeiro semestre de 2021. Em números de unidades residenciais vendidas, houve aumento de 10%, já o VGV em milhões cresceu 126% no mesmo período.
Leonardo Mesquita, da Cury Construtora, comentou sobre a aposta da incorporadora em regiões da zona norte, Porto Maravilha e Niterói, na região metropolitana. Falou também sobre o alinhamento com a nova Prefeitura e os estudos do Plano Diretor da cidade para o desenvolvimento imobiliário de regiões com demanda expressiva por habitação. “Buscamos caminhos para o desenvolvimento da cidade, sobretudo, para os projetos do Grupo 03 que trabalhamos no programa Casa Verde Amarela", afirmou.
Ramon Teixeira, da MRV Engenharia, falou sobre a retenção de lançamentos ocasionada pela pandemia. Por outro lado, a procura por casas mais confortáveis e espaçosas transformou as regiões pesquisadas pelos consumidores, com diminuição dos estoques. "Após lançarmos 500 unidades no primeiro semestre deste ano, a previsão é do dobro para este semestre, e projetamos 2022 com mais oportunidade para a entrega de novos empreendimentos", afirmou.
Carlos Felipe, da Carvalho Hosken, abordou a atuação da empresa na região da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, sobretudo após os jogos olímpicos, em que houve desenvolvimento de vários projetos para a localidade. "Passamos por uma fase muito difícil com a crise, sabíamos que íamos colocar grandes números no mercado na época, mas que hoje estão em um nível que se aproxima desta nova fase do Rio em vendas e locação".
Dentro do mesmo ponto, em relação à atuação recente da Patrimar Engenharia no Rio de Janeiro, que já possui empreendimentos no segmento Casa Verde Amarela com a empresa Novolar, Gabriel Fidalgo comentou que a oportunidade de realizar os empreendimentos na cidade proporcionou ganhar em preço e entregar projetos inovadores para os consumidores.
Ivan Bettencourt, da Direcional Engenharia, comentou sobre a premissa da incorporadora de procurar por terrenos próximos ao transporte viário, que gera mobilidade e facilidades aos clientes, além de mais valor agregado aos empreendimentos. "Procuramos por regiões para estabelecimento dos empreendimentos CVA próximas ao sistema de transporte, e que costumam ter infraestrutura para os nossos compradores, com comércio, serviços, e área próximas para o lazer. Além destes pontos, ficamos bem atentos com as questões de legislação e permissividades, pois pesam bastante no momento de estabelecermos os locais que serão implementados os lançamentos", completou.
Marcelo Gonçalves, sócio-consultor da Brain, explicou que o estoque de imóveis novos prontos na cidade deve durar mais 1 semestre, então é preciso ampliar a quantidade de lançamentos para atender a demanda fluminense. “É uma boa hora para investir. Os juros continuam favoráveis. O mercado carioca está aquecido e a tendência é de ampliação dos lançamentos”.
Alexandre Boffoni, da Construtora Tenda, abordou que dentre os desafios para o mercado do Rio de Janeiro conseguir se sustentar a ideia de restringir uma região com o intuito de impulsionar outras é algo equivocado. "Ainda estamos tateando o Plano Diretor, que implementará mudanças na estrutura da cidade. Selecionar um local para empreendimentos e depois ter de realizar a transição da incorporadora pós resolução é perda de investimento.".
O diretor de Assuntos Econômicos da ABRAINC, Renato Lomonaco, destacou que mesmo com a alta das taxas de juros ainda é um bom momento para investir em imóveis. “Mesmo com a elevação da Selic, as taxas de juros do crédito imobiliário continuam atrativas. A ABRAINC fez um estudo de affordability que mostra que a redução dos juros nos últimos 5 anos permitiu que uma pessoa com mesma renda consiga comprar um apartamento 30% maior hoje. O momento é propício para investir em imóvel”, completou.
Confira aqui o estudo apresentado durante o evento.
Redação ABRAINC
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