O cenário econômico brasileiro, financiamento e políticas habitacionais norteiam o segundo dia de Incorpora 2021
O segundo dia do INCORPORA 2021 foi realizado nesta quarta-feira (06) via plataforma de transmissão e Youtube da ABRAINC, com debate sobre o cenário econômico, financiamento e crédito imobiliário, e políticas habitacionais.
O evento, que contou com audiência de 700 pessoas, teve mediação do jornalista William Waack e as participações de:
Luiz França, presidente da ABRAINC;
Alfredo dos Santos, Secretário Nacional de Habitação;
Jair Mahl, vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica;
Fábio Araújo, sócio-diretor da Brain Inteligência Estratégica
Eduarda Tolentino, presidente da BRZ; e
Ricardo Valadares, CEO da Direcional Engenharia
O bom momento para o setor foi exaltado na abertura do evento, porém, o presidente da ABRAINC, Luiz França, deixou claro que é preciso continuar pensando no futuro e em novas estratégias com o objetivo de superar o atual volume de financiamentos e fomentar novos empreendimentos. "O desafio do crédito imobiliário não é financiar os seus clientes até o volume da caderneta de poupança (cerca de R$ 790 bilhões), mas sair de um número que está em torno de 10% do PIB".
Fábio Araújo, sócio-diretor da Brain Inteligência Estratégica apresenta dados sobre habitação, economia e emprego. "Neste ano, o período de janeiro a agosto, foi o melhor em termos de criação de empregos com carteira assinada. No acumulado do ano, o país abriu 2.203.987 vagas, o que representa o melhor resultado para o período desde 2010", afirmou.
Caixa Econômica e habitação
Durante o evento, os convidados destacaram a atuação da Caixa Econômica dentro das políticas habitacionais no Brasil. O secretário Nacional de Habitação, Alfredo dos Santos, lembrou que a atual gestão trabalha para criar condições que aprimorem o financiamento e disse que hoje o foco é o faixa 3 (trabalhadores com renda mensal de até R$ 7 mil) do Casa Verde Amarela, que vai contar com R$ 2,5 bilhões em investimentos, ainda em 2021, para a conquista do seu imóvel, por conta das mudanças na taxa de juros do banco. "Esse é o foco e nós temos procurado melhorar, cada vez mais, as condições das famílias que querem comprar seu imóvel".
Ricardo Valadares, CEO da Direcional Engenharia falou sobre o recorde em contratações de crédito imobiliário e a demanda por habitação. "Vemos uma demanda por habitação, com famílias que mesmo com a queda das taxas de juros ainda precisam de um programa como o CVA para comprar a casa própria. Hoje, o programa produz algo em torno de 400 mil unidades anualmente e esperamos que, após os ajustes anunciados por parte do Ministério do Desenvolvimento Regional, esse patamar possa ser ultrapassado e chegar a 450 mil, 500 mil unidades anualmente". Também destacou que o foco deve ser em controlar o custo da construção civil para que as incorporadoras possam oferecer imóveis a preços competitivos.
O vice-presidente da Caixa, Jair Mahl, destacou o volume de mais de R$ 530 bilhões investidos em financiamento habitacional e com o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), e afirmou que está em busca de mais R$ 130 bilhões ainda este ano. Ressaltou que as medidas anunciadas desde de 2020 foram essenciais para para mais oportunidades de moradias, sobretudo às famílias com rendas mais baixas: "Junto com o Ministério do Desenvolvimento Regional, as mudanças que vem sendo feitas desde 2020, anunciadas, como a baixa na taxa de juros, a mudança da curva de subsídio da faixa 1,5 do Casa Verde Amarela, e o aumento do teto, foram proporcionaram mais oportunidades de primeira moradia aos brasileiros." completou.
Digitalização e "novo normal"
Eduarda Tolentino, presidente da BRZ, destacou com o “novo normal”, onde as pessoas estão cada vez mais em casa – até mesmo no home office - e buscando mais conforto e praticidade, a exigência do produto final oferecido também será cada vez maior. "Quando chegou a pandemia, foi antecipada a necessidade de investir na transformação digital dos processos. Para o setor da incorporação foi muito importante. As empresas se reinventaram e adaptaram seus produtos, para assim poderem atender as novas demandas por moradia dos consumidores.", afirmou.
ESG e influências externas
Ao final do evento, Luiz França comentou da importância dos avanços das políticas ESG nas empresas de construção civil no Brasil e afastou a possibilidade que sofram com os riscos que hoje atingem a incorporadora chinesa Evergrande. "As nossas empresas não tem o grau de alavancagem (GAF) que se verifica nas empresas chinesas. Vejo 0% de chances de problemas semelhantes no Brasil", avaliou.
Agenda Incorpora 2021
O Incorpora 2021 continua nas duas próximas quartas-feiras, 13 e 20 de outubro, das 16h às 18h, com grandes convidados e discussões estratégicas para o setor. O terceiro evento, no dia 13/10, será um panorama do mercado com as tendências e perspectivas para o próximo ano, e o último dia será realizado em formato híbrido, com participações presenciais e online.
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